A Comunicação não violenta (cnv) é um método que nos ajuda a expressar de forma mais clara e nos permite conectar uns com os outros de forma mais autêntica. Ela é uma ferramenta de comunicação baseada no respeito, na compaixão e na empatia, e contribui de forma efetiva para transformar conflitos em diálogos pacíficos.
A cnv foi criada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg nos anos 60 e se tornou reconhecida mundialmente como um método eficaz na resolução de conflitos.
Movido por um desejo inabalável de entender o comportamento humano, Marshall não só se tornou psicólogo, mas como dedicou toda sua vida em aperfeiçoar seu método, divulgá-lo em dezenas de países e contribuir para a resolução de conflitos entre diferentes povos, em todo o mundo.
Por ter sofrido discriminação na escola e ter sido vítima de inúmeras agressões físicas – a maioria delas por motivos raciais – ele começou a fazer as duas perguntas: O que leva um ser humano a agir de forma agressiva e fazer o uso da violência sobre outro? E o que leva, por outro lado, pessoas a agirem de forma compassiva e empática, mesmo em situações de extremo sofrimento?
Suas inúmeras pesquisas o levaram a concluir que „toda agressão é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida“. Em outras palavras, tudo o que nós seres humanos fazemos é para atender nossas necessidades, nem que para isso precisemos agir de forma „violenta“.
E violência no contexto da cnv não é apenas agressão física ou verbal, mas tudo aquilo que fere a integridade humana, seja abuso de poder, discriminação de qualquer tipo, manipulação, pressão psicológica ou pré-conceito.
Marshall concluiu ainda que quanto mais „violenta“ a comunicação sob a qual um indivíduo foi submetido na infância e adolescência, maior a sua pré-disposição à violência.
Hoje ela é usada com sucesso em mais de 60 países tanto para esclarecer conflitos políticos, como em escolas, repartições públicas, hospitais e nos relacionamentos interpessoais.